Como se chama o vício em remédios?

01/05/2024

O Que é o Vício em Remédios?

O vício em remédios é uma condição complexa e debilitante que se manifesta quando uma pessoa desenvolve uma dependência física e/ou psicológica de medicamentos. Também conhecido como transtorno de uso de substâncias, esse tipo de vício pode ocorrer tanto com medicamentos prescritos quanto com substâncias de venda livre. Neste artigo, exploraremos em detalhes o vício em remédios, seus sintomas, causas, impacto na saúde e opções de tratamento disponíveis.

Entendendo o Vício em Remédios

O vício em remédios é caracterizado por um padrão de uso compulsivo e descontrolado de medicamentos, apesar das consequências adversas para a saúde e a vida diária do indivíduo. Isso pode incluir o uso excessivo de medicamentos prescritos, como analgésicos opioides, tranquilizantes ou estimulantes, bem como o abuso de substâncias de venda livre, como analgésicos comuns, anti-inflamatórios ou xaropes para tosse.

Sintomas do Vício em Remédios

Os sintomas de dependência de medicamentos podem variar dependendo do tipo de substância e da gravidade do vício, mas geralmente incluem:

Tolerância: Necessidade de doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito.

Sintomas de Abstinência: Sentir-se mal ou apresentar sintomas físicos quando tenta parar de usar a substância.

Uso Compulsivo: Incapacidade de controlar o uso da substância, mesmo quando desejando ou tentando parar.

Preocupação com o Medicamento: Ansiedade ou preocupação excessiva com a obtenção e o uso do medicamento.

Negligência de Responsabilidades: Priorizar o uso da substância em detrimento de atividades sociais, profissionais ou recreativas.

Problemas de Saúde Física ou Mental: Experimentar problemas de saúde decorrentes do uso contínuo ou abuso de medicamentos.

Causas do Vício em Remédios

Várias fatores podem contribuir para o desenvolvimento do vício em remédios, incluindo:

Uso Indevido ou Excessivo: Uso recreativo ou abuso de medicamentos além das instruções médicas.
Fatores Genéticos: Predisposição genética que torna alguns indivíduos mais suscetíveis ao desenvolvimento de dependência.

Condições Subjacentes: Transtornos de saúde mental, como ansiedade, depressão ou dor crônica, que podem levar ao uso indevido de medicamentos como forma de autotratamento.
Histórico de Abuso de Substâncias: Pessoas com histórico de abuso de outras substâncias têm maior probabilidade de desenvolver dependência de medicamentos.

Impacto do Vício em Remédios

O vício em remédios pode ter consequências graves para a saúde física, mental, social e financeira do indivíduo, incluindo:

Riscos à Saúde: Sobredose, danos aos órgãos, complicações médicas e riscos de saúde mental.
Problemas Sociais e Familiares: Isolamento social, conflitos familiares, dificuldades no trabalho ou na escola.
Problemas Financeiros: Despesas médicas, perda de emprego ou dificuldades financeiras decorrentes do custo dos medicamentos.
Legal e Criminal: Consequências legais decorrentes do uso indevido de medicamentos, como prisão por posse ilegal de substâncias controladas.

Opções de Tratamento para o Vício em Remédios

O tratamento para o vício em remédios geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar que pode incluir:

Desintoxicação Supervisionada: Um período de desintoxicação médica supervisionada para ajudar a gerenciar os sintomas de abstinência.

Terapia Comportamental: Terapia individual ou em grupo para ajudar os indivíduos a entender e modificar os padrões de pensamento e comportamento associados ao vício.

Medicamentos Auxiliares: Em alguns casos, medicamentos podem ser prescritos para ajudar a reduzir os desejos pela substância ou aliviar sintomas de abstinência.

Suporte Psicossocial: Participação em grupos de apoio, como Alcoólicos Anônimos (AA) ou Narcóticos Anônimos (NA), para obter apoio emocional e motivação durante a recuperação.

Tratamento para Condições Subjacentes: Tratamento de problemas de saúde mental subjacentes, como ansiedade ou depressão, que podem contribuir para o uso indevido de medicamentos.

Os 3 Tipos de Internação:

Quando se trata de internação para tratamento de dependência de crack, existem três tipos principais:

1. Internação Voluntária:

Na internação voluntária, o paciente concorda em se submeter ao tratamento em uma clínica de reabilitação. Essa é geralmente a forma mais eficaz de tratamento, pois o paciente está motivado e comprometido com sua recuperação. Durante a internação voluntária, o paciente recebe cuidados médicos, terapia individual e em grupo, e outras formas de suporte para ajudá-lo a superar a dependência de crack.

2. Internação Involuntária:

A internação involuntária ocorre quando um indivíduo é internado em uma clínica de reabilitação sem o seu consentimento. Isso geralmente acontece quando a pessoa representa um risco imediato para si mesma ou para os outros devido ao uso de drogas. Embora possa parecer controverso, a internação involuntária pode ser necessária em casos graves nos quais o paciente não reconhece a gravidade de sua dependência.

3. Internação Compulsória:

A internação compulsória é semelhante à internação involuntária, mas é geralmente ordenada pelo sistema legal. Isso pode acontecer quando um indivíduo comete um crime relacionado ao uso de drogas ou representa um perigo significativo para a sociedade. A internação compulsória tem como objetivo proteger a pessoa e a comunidade, fornecendo tratamento obrigatório para sua dependência.

Auxílio-Doença para Dependentes Químicos:

No Brasil, o auxílio-doença é um benefício previdenciário pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aos trabalhadores que ficam temporariamente incapacitados para o trabalho devido a doença ou acidente. Isso inclui casos de dependência química, desde que comprovada a incapacidade laboral.

Para obter o auxílio-doença por dependência química, o paciente precisa passar por uma avaliação médica do INSS, que determinará se ele está realmente incapacitado para o trabalho devido ao uso de drogas. Além disso, é necessário apresentar documentos médicos que comprovem o diagnóstico e a necessidade do benefício.

O auxílio-doença para dependentes químicos é uma importante forma de apoio durante o processo de recuperação, garantindo que o paciente tenha acesso a tratamento médico adequado e possa se concentrar em sua reabilitação sem se preocupar com questões financeiras. No entanto, é importante ressaltar que o benefício é temporário e está sujeito a revisões periódicas para verificar a evolução do quadro clínico do paciente.

Conclusão

O vício em remédios é uma condição séria que pode ter consequências devastadoras para a saúde e o bem-estar do indivíduo. Reconhecer os sinais de dependência de medicamentos e buscar ajuda é o primeiro passo crucial em direção à recuperação. Com o apoio adequado, incluindo tratamento médico, terapia comportamental e suporte psicossocial, é possível superar o vício em remédios e levar uma vida saudável e livre de substâncias. Se você ou alguém que você conhece está lutando contra o vício em remédios, não hesite em procurar ajuda profissional.

Somos especializados no encaminhamento e tratamento de usuários de drogas. Entre em contato com a Instituição Viver sem Drogas para conversarmos mais!

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